Sérgio Biagi Gregório
SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Histórico. 4. Cartazes e Slides: 4.1. Confecção de Slides (Cartazes); 4.2. O Conteúdo Eficaz dos Slides; 4.3. Lembretes sobre o Uso de Slides. 5. O Retroprojetor: 5.1. Instruções Gerais; 5.2. Vantagens do Retroprojetor; 5.3. Desvantagens do Retroprojetor. 6. Outros tipos de Material de Apoio e a Postura do Expositor: 6.1. Mais Recursos Didáticos; 6.2. Princípios que Facilitam a Utilização da Multimídia; 6.3. Treinando a Exposição em Multimídia. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.
1. INTRODUÇÃO
Presentemente, a veiculação do conhecimento é muito facilitada pelo uso dos recursos audiovisuais, ou seja, retroprojetor, datashow, computador etc. Procuraremos, neste trabalho, anotar algumas instruções para a preparação eficaz de slides.
2. CONCEITO
Imagem – É algo comum à exposição lexvisual (texto ilustrado) e à audiovisual (inclui sons e ruídos, bem como a narração do orador).
Multimídia — Qualquer combinação de texto, figuras, sons, animação e vídeo transmitida pelo computador.
Slide — Qualquer material visual que seja apresentado, incluindo as apresentações de computador, slides de 35mm e transparências.
Apresentação — É a transformação de uma informação em uma mensagem simples e concisa.
3. HISTÓRICO
A pedra lascada, no período de nossa pré-história, pode ser considerada um dos primeiros instrumentos de comunicação (e apresentação) das informações. Depois vieram a pintura das cavernas em 17.000 a.C.; a invenção do alfabeto sumeriano em 4.000 a.C.; o papel em 105; o tipo móvel em 1476; o quadro de giz em 1700; a fotografia em 1822; o telefone em 1876; o projetor de filme em 1887; a televisão (imagens em movimento) em 1926; o projetor de transparências em 1944; o videotaipe em 1956; o projetor de slide em 1961.
A partir de 1980 tivemos a invenção da planilha e do processador de texto, o banco de dados baseado em texto, a editoração eletrônica, o gráfico em computador em alta resolução e a multimídia em 1990. Presentemente, o computador tem tido um avanço sem limites, pois a eletrônica descobre a cada dia uma nova forma de veicular o conhecimento.
4. CARTAZES E SLIDES
4.1. CONFECÇÃO DE SLIDES (CARTAZES)
O cartaz (slide) caracteriza-se por apresentar, através de ilustrações, textos reduzidos e cores, uma mensagem clara e direta do tema escolhido. As ilustrações assemelham-se ao slogan, que exprime numa frase a idéia central do que se quer transmitir.
Ele deve ser motivador, instrutivo e divulgador.
Eles podem ser confeccionados usando figuras geométricas (quadrado, triângulo e circunferência) ou desenhos de traços (figuras de palito).
Deve ser simples, ou seja, eliminar tudo o que é supérfluo no cartaz e que possa desviar a atenção do observador.
4.2. O CONTEÚDO EFICAZ DOS SLIDES
Para criar um conteúdo eficaz, lembre-se das seguintes regras:
MOS
Use desenhos ou gráficos
Deixe bastante espaço
Use fontes grandes
Os desenhos não precisam ser perfeitos, mas devem ser claros e ter sentido;
Mantenha sempre a mesma aparência
4.3. LEMBRETES SOBRE O USO DE SLIDES
01) Coloque o mínimo possível de informação em seu slide e mantenha o foco;
02) O conteúdo dos slides deve estar diretamente relacionado ao que você está dizendo. Não deixe o seu discurso se desviar do conteúdo imediato do slide que está mostrando;
03) Considere formas alternativas de apresentar gráficos. Por exemplo, um gráfico de crescimento populacional pode ser construído com barras de formato humano no lugar de barras convencionais;
04) Não faça cópias xerocadas de livros ou relatórios. Faça sempre ilustrações produzidas com um estilo consistente em toda a apresentação;
05) Os materiais de apoio oferecem ao auditório uma representação visual de seus pensamentos. Eles ajudam a guiá-los aos pontos importantes com mais eficiência. É mais fácil se expressar com o uso de gravuras, gráficos e modelos. Pense no quanto é difícil descreve o desenho de um prédio, por exemplo;
06) Use figuras para transmitir uma idéia. Imagine sinais de trânsito sem desenhos. Quanto tempo demoraria a ler "cuidado, risco de pista escorregadia?" Tempo suficiente para acontecer o acidente;
07) Um slide consiste em um título e em um corpo. O título é normalmente escrito em fontes grandes e descreve, sucintamente, o que será apresentado no slide. O corpo é reservado para o material que você quer apresentar. No corpo, é possível combinar desenhos, diagramas e palavras. (Hasbani, 2001)
5. O RETROPROJETOR
5.1. INSTRUÇÕES GERAIS
01) O uso de retroprojetor deve ser bem planejado, pois devemos tê-lo como um recurso de apoio à comunicação do pensamento, e não o próprio pensamento;
02) Posicioná-lo num lugar estratégico, para que não atrapalhe a visão do público;
03) Cuidar para que todos os slides tenham a mesma aparência;
04) Evitar a cópia de livros e sua leitura através dos slides;
05) Valer-se de uma folha de papel para cobrir o material do slide que não quer mostrar ao público.
5.2. VANTAGENS DO RETROPROJETOR
As principais vantagens desse recurso visual são:
Possibilidade de uso com sala iluminada;
Adaptação em qualquer ambiente;
Projeções coloridas;
Facilidade de comunicação visual;
Facilidade de transporte;
Possibilidade de uso sem tela;
Possibilidade de substituição imediata da lâmpada;
Facilidade de ligar e desligar sem provocar distrações.
5.3. DESVANTAGENS DO RETROPROJETOR
As principais desvantagens desse recurso visual são:
Custo elevado;
Dificuldade de substituição. (Polito, 1997)
6. OUTROS TIPOS DE MATERIAL DE APOIO E A POSTURA DO EXPOSITOR
6.1. MAIS RECURSOS DIDÁTICOS
O quadro de giz, o flipchart, a Televisão, o projetor de slides, o episcópio, o computador, o datashow, o gravador e o vídeo são outros bons recursos que o orador pode utilizar na veiculação das suas idéias. Cabe-lhe verificar as características (interesse e cultura) do público e utilizar o melhor material de apoio que se ajuste às necessidades do mesmo.
6.2. PRINCÍPIOS QUE FACILITAM A UTILIZAÇÃO DA MULTIMÍDIA
Gestos:
Sorrisos e expressões faciais: transmita que você gosta da tecnologia da multimídia. Se o computador ou monitor forem por água abaixo, não deixe seu sorriso ir com eles.
Comunicação visual
Postura e movimento
Uso da voz
Palavras e não-palavras
6.3. TREINANDO A EXPOSIÇÃO EM MULTIMÍDIA
Não ensaie demais; não menos do que três vezes e não mais do seis vezes é recomendável;
Não faça alterações de última hora sem uma cópia de reserva completa e disponível;
Nunca perca a sua compostura. Como diz o ditado: "Nunca deixe perceber que você está transpirando".
7. CONCLUSÃO
Quer estejamos usando um computador, um retroprojetor, ou mesmo uma lousa, o que importa é o conteúdo a ser transmitido e não o recurso em si mesmo. Para melhor expressarmos as nossas idéias, sejamos breves, concisos e objetivos, colocando-nos sempre na situação daquele que nos ouve.
8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
HASBANI, Ghassan. Fazendo Excelentes Apresentações: Coisas que Realmente São Importantes. Tradução de Marina Massaranduba. São Paulo: Market Books, 2001.
LINDSTROM, Robert L. Guia Business Week para Apresentações em Multimídia. Tradução de Eliane Bueno Freire. São Paulo: Makron Books, 1995.
POLITO, Reinaldo. Recursos Audiovisuais nas Apresentações de Sucesso. 3. ed., São Paulo: Saraiva, 1997.
Há um trabalho sobre Recursos Audiovisuais em:
http://www.fisica.uepg.br/professores/srutz/files/Download/RECURSOS_AUDIOVISUAIS.pdf
Caso tenha mudado de endereço consulte o arquivo postado neste site.