A) TIPOS DE BARREIRAS
1. LIMITAÇÃO DA CAPACIDADE DO RECEPTOR
O receptor tem uma capacidade, capacidade essa relativa ao seu grau cultural, aos seus interesses e ao seu modo de ver o mundo. A expressão “perda da informação” sugere um déficit mecânico, como o vazamento de água por um cano. Churchill observou: “Quando há uma inundação não se modificam os hábitos do cano de quatro polegadas. Continua a transmitir o seu fluxo costumeiro, rejeitando prazenteiramente o resto”.
2. DISTRAÇÃO
São todos os fatores extrínsecos que interferem na recepção da mensagem. É mais conhecido como os ruídos na fórmula E-c-M-d-R, onde E (emissor), c (código), M (mensagem), d (decodificação) e R (receptor).
Fatores extrínsecos são aqueles que
não se relacionam com o significado nem com a interpretação do tema.
Podem ser: clarão ofuscante, um ribombo atroador, telefonema inesperado,
conversa sobre o mesmo tema de que o receptor está tentando seguir.
3. PRESUNÇÃO NÃO ENUNCIADA
Muitas informações são perdidas porque o orador pressupõe que o receptor já saiba o significado do termo que lhe vai comunicar. Nesse caso, deve-se considerar a ignorância do receptor e não a sua predisposição.
4. APRESENTAÇÃO CONFUSA
A comunicação de assuntos, sem uma ordem lógica e coerente, dificulta a formação de imagens na cabeça do receptor. Não a tendo de imediato, começa a focar outras imagens, que nada têm a ver com o tema em questão. Nesse caso, o receptor opõe-se, tanto afetivamente quanto inconscientemente, ao teor da mensagem do emissor.
5. REPRESENTAÇÃO MENTAL
O ouvinte não é uma estátua. Ao mesmo tempo em que ele recebe os dados, ele vai formando uma imagem afetiva do que está sendo comunicado. Observe quanto o carisma de um emissor consegue que sua mensagem seja recebida. Uma voz melodiosa, como a dos radialistas, também chama a atenção do ouvinte. Por outro lado, pense naquela pessoa que tem fama de faladora. Mal começa a falar, o seu discurso parece que não tem mais fim.
6. CREDIBILIDADE
Como algumas pessoas contam com mais credibilidade que as outras, temos a tendência de acreditar nessas pessoas e descontar a informações recebidas de outros. A autoridade e o status têm um peso muito grande.
7. DISTÂNCIA FÍSICA
Resultados de pesquisas têm sugerido que a probabilidade de duas pessoas se comunicarem decresce proporcionalmente ao quadrado da distância entre elas.
8. DEFENSIDADE
Quando os ouvintes têm um conceito já formado de algum orador, eles acabam se colocando na defensiva, impedindo que os seus ouvidos participem da comunicação interpessoal.
B) COMO MINIMIZAR AS BARREIRAS
Usar linguagem apropriada e direta
Fornecer informações claras e completas
Usar canais múltiplos para estimular os vários sentidos do receptor (visão, audição etc.)
Comunicação face a face. Observe que os políticos, em época de eleição, falam da campanha corpo a corpo.
Escuta ativa. Não permitamos que os oradores falem para nós. Participemos ativamente da comunicação.
Empatia. Colocar-se na posição ou situação da outra pessoa, num esforço de entendê-la.
Fonte de Consulta
PARRY, John. Psicologia da Comunicação Humana. Tradução por Octavio Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix, 1976.
BOWDITCH, James L. BUONO, A. F. Elementos de Comportamento Organizacional. São Paulo: Pioneira, 1992. (capítulo 5)
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