Apresentação CENTRO ESPÍRITA ISMAEL DEPARTAMENTO DE ENSINO DOUTRINÁRIO SÃO PAULO APOSTILA 4.º ANO - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA Centro Espírita Ismael - Sede Própria Avenida Henry Janor, 141 - Jaçanã São Paulo-SP - CEP 02.271-040 Telefone: 2242-67-47 O objetivo desta apostila é dar um direcionamento ao
4.º Ano do Curso de Educação Mediúnica, baseando-se em: 1 - discutir algumas das várias atividades que o
aluno poderia desenvolver na Casa Espírita; 2 - propor ao educando um aprofundamento em cada um
dos três aspectos da Doutrina Espírita; 3 - dar continuidade aos exercícios práticos
mediúnicos, iniciados nos anos anteriores. 1.º Semestre 1ª aula - Recepção 2ª aula - Centro Espírita; Recepcionista;
Entrevistador 3ª aula - D.M. 4ª aula - D.M. 5ª aula - D.M. 6ª aula - Médium Passista; Passes Padronizados (FEESP) 8ª aula - D.M. 9ª aula - D.M. 10ª aula - D.M. 11ª aula - Instrutor; Dirigente de Sessão;
Doutrinador 12ª aula - D.M. 13ª aula - D.M. 14ª aula - D.M. 15ª aula - Transcomunicação Instrumental 16ª aula - Avaliação 2.º Semestre 17ª aula - Discussão do Trabalho de Férias 18ª aula - D.M. 19ª aula - D.M. 20ª aula - D.M. 21ª aula - Filosofia Espírita 22ª aula - D.M. 23ª aula - D.M. 24ª aula - D.M. 25ª aula - Ciência Espírita 26ª aula - D.M. 27ª aula - D.M. 28ª aula - D.M. 29ª aula - Religião Espírita 30ª aula - D.M. 31ª aula - D.M. 32ª aula - D.M. 33ª aula - Tema Livre 34ª aula - Avaliação 35ª aula - Encerramento CONCEITO: o Centro Espírita é um local onde os
espíritas se reúnem para trabalhos e estudos doutrinários. FUNCIONAMENTO: o Centro Espírita deve funcionar
de acordo com o regulamento contido em seu Estatuto, devidamente
registrado no órgão competente. Para tanto, deve eleger uma Diretoria
Executiva, a qual será responsável pelos destinos da entidade durante um
determinado período de tempo. O desempenho de suas atividades é
facilitado pela confecção dos Regimentos Internos. ORGANOGRAMA E FLUXOGRAMA: organograma é o
quadro geométrico representativo das unidades de uma organização ou
serviço e indica os limites das atribuições de cada uma delas. Assim, no
topo do quadro está a Diretoria Executiva, em seguida os Departamentos e
abaixo destes, os Sub-Departamentos. Fluxograma é a representação
gráfica de seqüência de operações. A seqüência é a seguinte: Recepção
Þ Entrevista Þ
Passes Þ Entrevista Þ
Cursos Þ Entrevista Þ
... até o indivíduo participar de uma atividade de colaboração dentro da
Casa Espírita. DINÂMICA NA CASA ESPÍRITA: a maioria dos Centros
Espíritas desenvolve suas atividades através dos quatro departamentos, a
saber: Departamento de Assistência Espiritual, Departamento de Ensino
Doutrinário; Departamento de Infância, Juventude e Mocidade e
Departamento de Assistência Social. Para que haja um perfeito
entrosamento destes com a Diretoria Executiva, faz-se necessário, muitas
vezes, que cada um destes setores renuncie algo de si em favor de todos. RELACIONAMENTO COM OUTRAS ENTIDADES: no movimento
Espírita do Estado de São Paulo há dois grandes órgãos coordenadores dos
Centros Espíritas: a União das Sociedades Espíritas (USE) e a Federação
Espírita do Estado de São Paulo (FEESP). Cada um dos Centros filia-se a
um desses órgãos e passa a operar de acordo com as normas
preestabelecias por esses órgãos. Um exemplo: Para que um Centro possa
se filiar à Federação Espírita do Estado de São Paulo, é necessário que
realize trabalhos semelhantes aos desenvolvidos na Unidade Central da
FEESP. PARTICIPAÇÃO NO CENTRO ESPIRITA: o adepto do
Espiritismo deve se interessar pelos problemas e dificuldades da Casa
Espírita em que freqüenta, procurando auxiliar na medida de suas
possibilidades, sem precipitação ou lentidão exagerados, reconhecendo
que quando o trabalhador estiver pronto o serviço aparecerá. PERGUNTAS: 1 - O que é um Centro Espírita? 2 - Como funciona um Centro Espírita? 3 - O Centro Espírita que você freqüenta, participa
do movimento Espírita? Como? 4 - Qual a sua visão do Centro que você freqüenta? BIBLIOGRAFIA: (1) Pires, J. H. O Centro Espírita. (2) Garcia, W. O Centro Espírita. (3) Carvalho, C. Organização de Centros Espíritas.
(4) FEESP, Manual RODSE. CONCEITO: recepção é o ato de receber a pessoa
que procura a Casa Espírita. OBJETIVO DA RECEPÇÃO: consiste em dar o devido
encaminhamento aos que procuram a Casa Espírita. Em se tratando de uma
pessoa que vem pela primeira vez, enviá-la ao setor de entrevista; um
visitante, à secretaria do centro; um assistido, `a reunião de
Assistência Espiritual. Nunca é demais lembrar: "a primeira impressão é
que fica". Por isso a fraternidade e bondade serão sempre bem vistas. PERFIL DO RECEPCIONISTA: para atuar na recepção o
colaborador deve ter as seguintes características: 1) ter facilidade de
se relacionar com outras pessoas; memorizar as atividades da casa,
associando-as com os responsáveis; 2) gostar de auxiliar pessoas; de ter
contato com o publico, não se irritando com a agitação dos locais de
grande movimento de pessoas; 3) ter conhecimento e equilíbrio para não
se irritar com pessoas revoltadas e perturbadas; 4) não tomar para si os
problemas dos outros, na ânsia de resolvê-los; 5) entender as
dificuldades dos que entram pela primeira vez, procurando ampará-los
fraternalmente. PRATICANDO A RECEPÇÃO: cada Centro Espírita
mantém um sistema de alocação do indivíduo dentro de suas dependências.
Na Apostila para o Curso de Entrevistador Espírita do CEI, o colaborador
encontrará a técnica apropriada para o bom desempenho desta tarefa. Por
exemplo, o item c da página 9 diz: "O recepcionista ao sentir que alguma
pessoa nova chega à porta do Centro Espírita, parecendo achar-se em
dúvidas ou necessitando de informação, deve dirigir-se a ela: deseja
alguma coisa? É a primeira vez que vem a este Centro? Em que posso ser
útil. (Fazê-la sentir-se como se estivesse chegado à casa de um amigo)." IMPORTÂNCIA DA RECEPÇÃO: os Centros Espíritas de
uma maneira geral desprezam esta função. Criou-se a idéia de que o
trabalho espiritual significa receber Espíritos ou dar "passes". Convém
salientar que esse é também um trabalho de Assistência Espiritual, pois
é sempre o primeiro a receber a informação ou problema do indivíduo que
procura a Casa Espírita. EXTENSÃO DO ASSUNTO: poder-se-ia acrescentar que
a recepção é inerente a todos os colaboradores de um Centro Espírita,
pois sempre que alguém nos procura, estaremos desempenhando a função de
recepcionista. Por esta razão temos a obrigação de conhecer alguns
detalhes acerca do Centro que freqüentamos. Por exemplo: o nome do
presidente, os nomes dos diretores dos departamentos e os horários de
alguns trabalhos. PERGUNTAS: 1 - O que é a recepção? 2 - Quais são os objetivos da recepção? 3 - Dê as características positivas e negativas do
recepcionista. 4 - Como você vê a recepção na casa que freqüenta? BIBLIOGRAFIA: (1) FEESP, Manual RODSE. (2) CEI, Apostila para o Curso de Entrevistador
Espírita. (3) CEI, Regimento Interno do Departamento de
Assistência Espiritual. CONCEITO: a entrevista é um diálogo entre duas
pessoas, que é sério e tem um propósito. OBJETIVO DA ENTREVISTA: o objetivo da entrevista
é obter o conhecimento do problema por ser resolvido e uma compreensão
suficiente da pessoa em dificuldade e da sua situação, de forma que a
dificuldade possa ser solucionada eficientemente. Em se tratando da
entrevista nas Casas Espíritas, o entrevistador deve ter o cuidado de
verificar primeiro, se a pessoa entrevistada é médium e qual o seu tipo
de mediunidade a desenvolver. Analisará assim, as influências materiais,
o envolvimento Espiritual e a inter-relação entre ambos. CARACTERÍSTICAS DO ENTREVISTADOR: para atuar na
Entrevista Espírita o colaborador deve ter as seguintes características:
1) facilidade de memorizar detalhes e nomes, de escrever com clareza e
se relacionar com as demais pessoas; 2) gostar de entrar em contato com
os problemas de outras pessoas com o intuito de auxiliá-las; 3) ter um
comportamento baseado na discrição, discernimento, perseverança,
espírito de sacrifício e bondade; 4) não absorver para si os problemas
alheios, na ânsia de resolvê-los; 5) estar sempre aberto às inspirações
telepáticas do mundo espiritual. A ENTREVISTA NA CASA ESPÍRITA: a entrevista pode
ser feita de acordo com três grupos de perguntas - Grupo 1 (conhecimento
da Doutrina Espírita; outras religiões; comportamento no lar; ambiente
familiar); Grupo 2 (pesquisa sobre possível envolvimento espiritual);
Grupo 3 (pesquisa sobre a sensibilidade mediúnica ou fundo mediúnico). O
total de perguntas é igual a trinta e seis e dá um direcionamento
objetivo à entrevista. ATUANDO COMO ENTREVISTADOR: tem o colaborador
espírita uma das mais difíceis e, ao mesmo tempo, dignificante tarefa
confiada pelo Plano Espiritual, no sentido de que possa prestar auxílio
a irmãos aflitos e desesperados. Para realizar esse mister a contento,
além de bem conhecer a Doutrina Espírita e o relacionamento humano,
deverá aplicar-se com amor e empenho, em tudo o que diz respeito à
missão que lhe cabe. NOVOS HORIZONTES: O contato permanente com os
problemas e dificuldades dos outros acabam por facilitar a compreensão
de nós mesmos, pois verificamos que a nossa dor, o nosso problema não é
tão grave quando se nos apresenta à nossa vista. Isso amplia a
compreensão de nós mesmos, do nosso próximo e da própria vida de um modo
geral. PERGUNTAS: 1 - O que é entrevista espírita? 2 - Quais os objetivos da entrevista espírita? 3 - Relacione as características positivas e
negativas do entrevistador espírita. 4 - Como você vê a entrevista na Casa que freqüenta? BIBLIOGRAFIA: (1) CEI, Apostila para o Curso de Entrevistador
Espírita. (2) Garret, A. M. A Entrevista: Seus Princípios e
Métodos. CONCEITO DE PASSE: movimentos com as mãos, feitos
pelos médiuns passistas, nos indivíduos com desequilíbrios
psicossomáticos ou apenas desejosos de uma ação fluídica benéfica. OBJETIVO DO PASSE: propiciar ao assistido um
reequilíbrio psicofísico espiritual. Para tanto o médium passista deve
entender que o trabalho na câmara de passes tem um caráter mediúnico, ou
seja, da mesma maneira que os Espíritos se utilizam dos recursos do
médium, para a comunicação escrita ou falada, eles se utilizam das
faculdades radiantes do médium para curar. PERFIL DO MÉDIUM PASSISTA: para atuar no setor de
passes espíritas deve o colaborador ter as seguintes características: 1)
possuir a faculdade radiante, ou seja, a capacidade de transmitir aos
outros parte de seu magnetismo pessoal; 2) o médium passista, antes de
tudo, é um médium e deve estar sempre se aperfeiçoando doutrinariamente;
3) estar em equilíbrio no campos das emoções. "Um sistema nervoso
esgotado, oprimido, é um canal que não responde pelas interrupções
havidas; 4) disciplina no campo da alimentação. O excesso de
alimentação, o álcool e outras substâncias tóxicas operam distúrbios nos
centros nervosos, modificando certas funções psíquicas e anulando os
melhores esforços na transmissão de elementos regeneradores; 5) ter
consciência do mecanismo do passe para fugir à mecanização do mesmo. MAGNETIZAÇÃO E PADRONIZAÇÃO: observa-se que a
magnetização do paciente, mesmo a estimulada, independe da "técnica" ou
da "gesticulação" do operador. Depende essencialmente da forma pela qual
o cliente se condiciona, se entrega ao transe, se deixa sugestionar. A
padronização da FEESP foi criada sob a orientação dos Espíritos
Benfeitores, de acordo com conhecimentos científicos do corpo físico e
do corpo espiritual, para proporcionarem maiores vantagens e melhor
aproveitamento de tempo e espaço, além da necessidade de atenderem um
número elevado de pessoas. ATUANDO COMO MÉDIUM PASSISTA: este colaborador
deve ter consciência que estará transmitindo parte de seu magnetismo e
portanto cuidar de que este seja salutar. Sempre que possível, chegar 15
minutos antes do início dos trabalhos, permanecer em prece, a fim de
melhor captar as energias dos mentores espirituais. Evitar as rusgas, as
discussões acaloradas, os excessos de trabalho e de alimentação. Isto
auxilia o bem estar físico e emocional. CURA ESPIRITUAL: embora o plano espiritual nos
forneça os lenitivos do passe para a mitigação de nossa dor material,
lembremo-nos de que a verdadeira cura está em nosso modo de pensar, ou
mais precisamente, na evolução espiritual que podemos alcançar: mudanças
do comportamento menos digno. PERGUNTAS: 1 - O que é o passe espírita? 2 - Quais são os objetivos do passe espírita? 3 - Relacione as características positivas e
negativas do médium passista. 4 - Como você vê os "passes" no Centro que freqüenta? BIBLIOGRAFIA: (1) Petrone, M. Assistência Espiritual. (2) Curti, R. O Passe (Imposição de Mãos). (3) Melo, J. O Passe - Seu Estudo - Suas Técnicas -
Sua Prática. PASSE ESPIRITUAL OBJETIVO: utilizado na limpeza psíquica e
preparação do Assistido para outro tipo de Assistência mais profunda. TÉCNICA: captação de energia, imposição de mãos,
dispersão das energias negativas, retirada e reposição de fluidos
benéficos. PASSE MAGNÉTICO - P1/P2 OBJETIVO: atender aos casos simples de
comprometimento físico-psíquico, isto é, problemas espirituais surgidos
no Perispírito e que começam a atingir o corpo físico, que seja de fundo
nervoso ou mesmo envolvendo órgãos e sistemas do corpo físico. TÉCNICA: grupos de 5 ou 6 médiuns. O Passe é
aplicado duas vezes uma com corrente (obsessor) e outra sem corrente
(física). CHOQUE ANÍMICO - ASSISTÊNCIA 3 OBJETIVO: introduzir no fluido do obsidiado um
fluido melhor e eliminar o do mau Espírito. TÉCNICA: um grupo de, no mínimo, 3 médiuns
(número ideal, 5 médiuns), sendo um Polarizador ( em rodízio, a fim de
que todos participem) e os demais doadores. ASSISTÊNCIA 1 e ASSISTÊNCIA 2 OBJETIVO: auxiliar a renovar o pensamento do
Assistido, muitas vezes vencido pela longa obsessão, ou acomodado com a
simbiose, ou ainda sem parâmetros para definir-se à libertação. TÉCNICA: exposição de temas extraídos do livro "O
Evangelho Segundo o Espiritismo". ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA - SESSÕES PARA ATENDIMENTO
DE CASOS MAIS GRAVES OU QUE EXIGEM ATENDIMENTO ESPECIALIZADO OU
PARTICULARIZADO. PASTEUR 3 - F (FÍSICO) OBJETIVO: restauração do órgão ou região do corpo
físico afetada. TÉCNICA: grupos com mãos dadas e um polarizador,
que estende suas mãos sobre as do assistido. PASTEUR 3 - E (ESPIRITUAL) DESOBSESSÃO OBJETIVO: induzir o Espírito comunicante (obsessor)
a sentir-se amparado pelos mentores, e como os encarnados, ainda com
deficiências, estão tentando ajudá-lo. TÉCNICA: grupo de médiuns com mãos dadas para o
diálogo com o espírito necessitado. OBS.: existe o Pasteur 3 Misto para os
casos em que a ação da obsessão é acompanhada de problema físico - além
do grupo de Desobsessão há o grupo de doação. PASTEUR 3 (TABAGISMO) OBJETIVO: visa combater o vício do fumo. TÉCNICA: o tratamento consiste em duas partes,
ambas importantes: a primeira são palestras em que se procuram
informações gerais, com slides, do mal que causa ao organismo; a
segunda, sala separada, é um tratamento espiritual (magnético). Grupos
de médiuns - primeiro P2 e depois P3 F PASTEUR 4 (CRIANÇAS) OBJETIVO: o principal objetivo deste atendimento
é encaminhar a criança para a Escola de Moral Cristã, visando orientar e
esclarecer os pais. O atendimento não é um fim, mas um meio de aproximar
os pais do Evangelho. TÉCNICA: grupo de, no mínimo, 3 médiuns.
Aplica-se em 1º lugar o Passe Espiritual. Depois doação magnética. OBS.: existe P4/1, P4/2, P4/3, P4/4 PERGUNTAS: 1 - Quais os tipos de passes padronizados pela FEESP? 2 - Quais são os objetivos de cada um deles? 3 - Como se aplica cada passe padronizado? 4 - Como você vê os "passes padronizados" na Casa que
freqüenta? BIBLIOGRAFIA: (1) Petrone, M. Assistência Espiritual. CONCEITO DE ENSINO: do latim "insignare" -
marcar com um sinal. Transmissão de conhecimentos, de informações ou de
esclarecimentos úteis ou indispensáveis à educação ou a um fim
determinado. OBJETIVO DO ENSINO: transmitir ao educando
informações básicas acerca dos princípios doutrinários, sem ferir o
íntimo de cada ouvinte; ao contrário, criar condições favoráveis à
recepção destes postulados, lembrando que cada um de nós está em níveis
de percepção espiritual diferentes, cabendo ao instrutor ajustar-se às
necessidades de cada grupo. PERFIL DO INSTRUTOR ESPÍRITA: para atuar na área
de ensino, o colaborador deve ter as seguintes características: 1) não
medir esforços para a preparação do assunto que irá expor; 2) ter
facilidade de expor idéias aos outros; 3) estar a par das regras de
oratória e exposição; 4) ser amante do conhecimento, não só espírita,
mas de cultura geral; 5) não se melindrar com críticas e observações
acerca de sua exposição; 6) dar abertura à influência do plano
espiritual superior. O ENSINO NA CASA ESPÍRITA: o ensino numa Casa
Espírita não significa a existência de cursos regulares, mas toda a
espécie de conhecimentos que são passados através da palavra. Ao fazer
uma exposição num trabalho de Assistência Social, estamos ensinando; ao
fazer a exposição num trabalho de Assistência Espiritual, estamos
ensinando. Por isso, todos os que tomam a palavra, precisam do cuidado
de bem expressar os fundamentos da Doutrina Espírita. DINAMIZAÇÃO DO ENSINO: deve-se ter em mente os
princípios fundamentais do ensino, ou seja, partir do simples para o
composto e do conhecido para o desconhecido. Costuma-se arrolar vários
métodos de ensino para que haja uma dinamização do mesmo. Agora, não
existe método de ensino melhor ou pior. Depende de quem o aplica.
Importa estar atento às necessidades do grupo e aplicar aquele que
melhor convier. ATUANDO COMO INSTRUTOR: em se tratando de uma
Casa Espírita, onde nos ensinam que o Espírito já adquiriu conhecimentos
em outras existências, o diálogo é de fundamental importância, pois um
aluno com vivências passadas mais ricas do que a nossa, pode também nos
ensinar muito, tornando a aula mais proveitosa. ENSINAR E APRENDER: a Doutrina Espírita tem
relação com todos os campos de conhecimento humano. Por isso todos nós,
instrutores e alunos, devemos aproveitar o momento para enriquecer o
nosso passivo intelectual, trocando experiências com o objetivo de
ampliar a nossa visão em relação à vida e ao mundo que nos rodeia. PERGUNTAS: 1 - O que é o ensino? 2 - Quais os objetivos do ensino na Casa Espírita? 3 - Cite as características positivas e negativas do
instrutor espírita. 4 - Como você vê o ensino no Centro que freqüenta? BIBLIOGRAFIA: (1) Signates, L. Caridade do Verbo (Método e Técnicas
de Exposição Doutrinária Espírita). (2) CEI, Curso de Expositor Espírita. CONCEITO: dirigente de sessão é o indivíduo que
preside os trabalhos, encaminhando todo o seu desenrolar. É o
responsável, no plano terrestre, pela reunião. LÍDER E LIDERADO: são situações que se revezam no
relacionamento humano. À semelhança de uma simples conversa em que ora
se fala, ora se ouve, ora se obedece, ora se manda, ora se aprende e ora
se ensina, o líder deve estar cônscio de que a liderança ora é ativa,
ora é passiva e ora é apoiativa. Esquecendo-se destes
detalhes, pode enveredar para a centralização das atenções, diminuindo,
assim, a eficácia da ação. CARACTERÍSTICAS DO DIRIGENTE DE SESSÃO: como
representante da direção existente na Espiritualidade, o dirigente de
sessão deve ser uma pessoa que: 1) conheça profundamente a Doutrina
Espírita; 2) viva integralmente os seus postulados; 3) tenha autoridade
moral imprescindível aos labores dessa ordem; 4) seja alguém em quem o
grupo confie, uma pessoa que represente para os encarnados a diretriz
espiritual, aquela que na realidade sustenta e orienta tudo o que
ocorre. DIVISÃO DE RESPONSABILIDADES: a divisão de
responsabilidades implica na delegação de encargos. O dirigente espírita
deve prestar muita atenção neste detalhe. Distribuindo tarefas entre os
seus comandados, ele: 1) alivia a sua carga de trabalho; 2) facilita os
seus períodos de estudo e reflexões; 3) dá oportunidades aos novos
colaboradores, desenvolvendo-lhes as suas potencialidades; 5) forma
novos colaboradores, capazes de agir por conta própria em quaisquer
circunstâncias. ATUANDO COMO DIRIGENTE: nesse mister, deve estar
atento aos fatores pessoais dos tarefeiros, que se resumem na
alimentação sem excessos, na ausência de vícios graves, no controle do
estresse psíquico etc.; aos fatores ambientais, como por exemplo,
conversações inadequadas no recinto, presença de crianças brincando no
ambiente e barulhos, como arrastamento de cadeiras, locomoção de pessoas
pela sala etc.; aos fatores doutrinários que, por
descuido, pode propiciar a implementação de práticas totalmente
contrárias à Doutrina Espírita, como por exemplo, a promessa de cura
através de ervas, o uso de pirâmides, gnomos etc. EXERCÍCIO DE DIREÇÃO: solucionar os seguintes
problemas: 1) presença de pessoas drogadas ou alcoolizadas na reunião;
2) ouvinte que, insistentemente, interrompe o expositor; 3) freqüentador
fica "incorporado" durante uma reunião pública; 4) assistido que cai da
cadeira ao tomar o passe. PERGUNTAS: 1 - O que significa dirigir uma sessão espírita? 2 - Que características se requerem para os trabalhos
de direção? 3 - Quais as razões para se dividir as
responsabilidades? 4 - Para que tipo de fatores o dirigente deve estar
atento? BIBLIOGRAFIA (1) FEESP, Manual RODSE (2) Apostila do Curso de Dirigente de Sessão do CEI. CONCEITO: num grupo mediúnico, chama-se
doutrinador a pessoa que se incumbe de dialogar com os Espíritos
desencarnados necessitados de ajuda e esclarecimento; doutrinação
é o ato de doutrinar, ou, simplesmente ensinar. OBJETIVO DA DOUTRINAÇÃO: o objetivo da
doutrinação é despertar os Espíritos que dormem, esclarecer os Espíritos
ignorantes, estimular os Espíritos fracos e confortar os Espíritos
sofredores. Convém lembrar que este trabalho não se resume às poucas
horas em que conversamos com os Espíritos incorporados aos médiuns; ele
se projeta ao longo dos dias e segue nas realizações da noite, quando,
em desdobramento, acompanhamos nossos mentores, nos contatos e nas
tarefas que se desenrolam no Mundo do Espírito. CARACTERÍSTICAS DO DOUTRINADOR: para atuar como
doutrinador espírita, o médium deve possuir as seguintes
características: 1) sólida formação doutrinária; 2) familiaridade com o
Evangelho de Jesus; 3) autoridade moral; 4) fé viva; 5) amor. Dentre
estes cinco itens, a fé e o amor assumem papel de destaque, pois tal
como acentuou Kardec, a fé deve estar alicerçada na razão, mas sem se
deixar contaminar pela frieza hierática do racionalismo estéril e vazio.
A DOUTRINAÇÃO NA CASA ESPÍRITA: a doutrinação ou
o diálogo com os Espíritos desencarnados geralmente ocorrem nos
trabalhos de desobsessão. Como sabemos, nessas sessões manifestam-se
Espíritos de todas as espécies: sofredores, ignorantes, pseudo-sábios
etc. Para auxiliar com êxito, o doutrinador deve munir-se de todos os
predicados positivos apontados acima, pois esses Espíritos ainda
envoltos com as necessidades do corpo físico, têm dificuldade de
adentrarem e se adaptarem ao verdadeiro mundo, ou seja, ao mundo
espiritual. ATUANDO COMO DOUTRINADOR: se o Espírito
manifestante apresentar sintomas de moléstia, tristeza, desânimo etc.,
propor-lhe atitudes contrárias, dizendo que esses sintomas são reflexos
do corpo físico; se disser que não acredita na vida após a morte,
colocá-lo em contradição consigo mesmo, a fim de sentir por si mesmo
essa realidade; se mostrar-se materialista, descrente, restabelecer-lhe
a fé e a confiança em Deus com preces e vibrações; se parecer-se
vingador, transformar-lhe o ódio em amor. EM QUALQUER SITUAÇÃO,
RESPEITAR SEMPRE O LIVRE-ARBÍTRIO DO ESPÍRITO MANIFESTANTE. CASO NÃO SE
OBTENHA O ÊXITO ESPERADO, CONVIDÁ-LO PARA VOLTAR OUTRO DIA. RECOMENDAÇÕES AO "DOUTRINADOR": 1) se você errar,
Deus lhe dará condições e meios para se corrigir; 2) confie nos amigos
espirituais, em Jesus e em Deus; 3) promova a sua reforma interior,
através da mudança de hábitos e atitudes; 4) utilize-se da prece como
meio de alívio e ajuda: 5) dialogue eficazmente com o obsessor: os
ensinamentos veiculados servem, também, para a conversão de outros
acompanhantes. PERGUNTAS: 1 - O que se entende por doutrinação espírita? 2 - Quais os objetivos da doutrinação dos Espíritos? 3 - Que características se requerem para a boa
"doutrinação"? 4 - Como dialogar com os Espíritos? BIBLIOGRAFIA (1) MIRANDA, H. C. Diálogo com as Sombras. 3.
ed., Rio de Janeiro, FEB, 1982. CONCEITO: a palavra Transcomunicação é a
combinação contraída dos vocábulos Transcendental + Comunicação. Usa-se
esta terminologia de origem européia para designar todo e qualquer tipo
de comunicação entre mentes encarnadas do nosso plano físico e
inteligências desencarnadas habitantes do plano extra-físico. O que vale
dizer que as comunicações mediúnicas obtidas através dos médiuns,
psicofônicos, psicógrafos, de voz direta etc., também constituem um
importante grupo de transcomunicação, mais precisamente:
Transcomunicação Mediúnica (1). HISTÓRICO: a comunicação com os Espíritos, por
meio de aparelhos, tem sido tentada há muito tempo. Não nos referimos,
aqui, às mesas girantes, às pranchetas e outros artifícios usados no
passado, cujo funcionamento achava-se na direta dependência do poder
psicocinético de um ou mais agentes humanos (médiuns). Queremos apontar
aqueles engenhos que, pelos menos aparentemente, poderiam melhorar a
contribuição humana. Tais dispositivos, quase todos baseados nas
propriedades da eletricidade e do magnetismo, foram inúmeras vezes
construídos por inventores criativos. Alguns desses pioneiros afirmam
que haviam sido orientados pelos próprios Espíritos. Cita-se a câmara
espírita, o dinamistógrafo, o psi-writer e o
fonógrafo de Thomas Edson (1). O FENÔMENO DAS VOZES ELETRÔNICAS - EVP: o
chamado, tecnicamente, EVP (do inglês: Eletronic Voice Phenomenon)
originou-se uma tentativa dos próprios espíritos visando a entrarem em
comunicação com o mundo dos vivos. Tal fenômeno consiste no aparecimento
de estranhas vozes em fitas magnéticas comuns, dessas usadas em
gravadores de qualquer tipo. A ocorrência das referidas vozes costuma
dar-se durante gravação normal. Ao por a fita em movimento para produzir
uma gravação feita, pode surgir vozes entremeadas com os sons gravados.
Primeiramente, de forma espontânea, depois por investigação sistemática
feita pelos investigadores interessados (1). O SPIRICOM: a palavra Spiricom é a combinação
contraída de dois vocábulos ingleses: Spirit e communication. Este termo
foi assim cunhado para designar um aparelho destinado a possibilitar o
diálogo com os desencarnados, desenvolvido pelo engenheiro americano
George W. Meek. O aparelho, conforme esquema da página 58, recebeu, para
sua montagem o auxílio de um colaborador espiritual: Dr. George J.
Mueller, Dr. em Física Experimental, quando encarnado nos Estados Unidos
(1). VIDICOM: a palavra Vidicom é a combinação
contraída dos vocábulos vido + comunicação e significa a comunicação
através do vídeo. O método para obtenção da comunicação é simples:
instala-se sobre um tripé uma câmara de TV (filmadora em videocassete),
focalizando o vídeo de uma TV antiga em funcionamento, sintonizado em um
canal livre. Filma-se, portanto, o "chuvisco luminoso". Depois o
filme é passado lentamente, a fim de se detectarem as imagens
eventualmente captadas durante a filmagem (1). A PRÁTICA DA TRANSCOMUNICAÇÃO: certos
pesquisadores deram passos de gigante. Seja pelas vozes, seja pelas
imagens de vídeo, as entidades se identificam e relativamente dão longas
mensagens (1). PERGUNTAS: 1 - O que é Transcomunicação Instrumental? 2 - Como se deu o avanço das Transcomunicações
Instrumentais? 3- Como se capta a mensagem dos Espíritos através da
Transcomunicação Instrumental? 4 - Qual sua visão acerca da Transcomunicação
Instrumental? BIBLIOGRAFIA: (1) Nunes, C.S. Transcomunicação - Comunicações
Tecnológicas com o Mundo dos Mortos. CONCEITO DE FILOSOFIA: atualmente, a filosofia é
uma ciência que estuda as leis mais gerais do ser, do pensamento, do
conhecimento e da ação. É uma concepção científica do mundo como um
todo, da qual se pode deduzir certa forma de conduta (1). O PAPEL DA FILOSOFIA: o papel da filosofia é
desenvolver em cada um de nós o senso crítico, que implica a superação
das concepções ingênuas e superficiais sobre os homens, a sociedade e a
natureza, forjados ao longo do tempo. O resultado deste processo é a
ampliação de nossa consciência reflexiva, voltada para dois setores
fundamentais: 1) consciência de si mesmo: crítica de si próprio
enquanto pessoa e de seu papel individual e social (autocrítica); 2)
a consciência do mundo: compreensão do mundo natural e social e de
suas possibilidades de mudança (2). FILOSOFIA ESPÍRITA: em O Livro dos Espíritos,
Kardec traça-nos a linha filosófica do Espiritismo. Responde às
questões: de onde viemos? Para onde vamos? O que devemos fazer? Como
devemos viver? Deve-se ressaltar que o Espiritismo se formou lentamente
através da observação e da pesquisa científica dos fenômenos espíritas,
hoje parapsicologicamente chamados de fenômenos paranormais. Sendo
assim, a Filosofia Espírita sintetiza em sua ampla e dinâmica
conceituação todas as conquistas reais da tradição filosófica, ao mesmo
tempo que inicia o novo ciclo dialético da nova civilização em
perspectiva (3). ONTOLOGIA ESPÍRITA: o problema do ser empolga
toda a História da Filosofia e podemos considerá-lo como o elo que
mantém a união do pensamento religioso com o filosófico. O Ser é sempre,
em qualquer sistema ou concepção, o mistério do Um e do Múltiplo. Esse
mistério se aclara na Filosofia Espírita através da revelação e da
cogitação. Os Espíritos revelaram a existência do Ser pela
comunicação mediúnica (e a provaram pela fenomenologia mediúnica), mas
os homens confirmaram essa existência pela cogitação, pela pesquisa
mental do problema. Para o Espiritismo o ser, portanto, não é apenas o
Espírito, é também perispírito e o corpo físico (3). TEORIA ESPÍRITA DO CONHECIMENTO: a Tradição
Filosófica desenvolveu a dualidade de espíritos, ou seja: para uns, nós
conhecemos pelo Espírito; para outros, pelos sentidos. Na Filosofia
Espírita, a dualidade de espíritos não existe. Isto porque os sentidos
são apenas instrumentos de captação - o homem é essencialmente um
Espírito. O Espírito é a substância do homem e o corpo seu acidente. A
percepção segundo a Filosofia Espírita é uma faculdade geral do Espírito
que abrange todo o seu ser (3). AXIOLOGIA ESPÍRITA: Allan Kardec ao desenvolver
as Leis Morais contidas em O Livro dos Espíritos nos descortina
os horizontes que o indivíduo pode alcançar se atender à Lei Divina ou
Natural. A reflexão sobre essas leis encaminha o ser para uma
cosmossociologia - ou seja - cada indivíduo pertence ao Universo e
qualquer ação boa ou má terá um reflexo positivo ou negativo sobre o
mesmo (3). PERGUNTAS: 1 - Qual o conceito atual da Filosofia? 2 - Qual o papel da Filosofia? 3 - O Espiritismo é filosófico? Por que? 4 - Analise o conceito de filosofia sob a ótica
espírita. BIBLIOGRAFIA: (1) Bazarian, J. O Problema da Verdade, cap. I. (2) Cotrin, G. Fundamentos da Filosofia - Para uma
Geração Consciente. (3) Pires, J. H. Introdução à Filosofia Espírita. CONCEITO DE CIÊNCIA: conjunto de conhecimentos
organizados relativos a uma determinada matéria, comprovados
empiricamente. OBJETIVO DA CIÊNCIA: é adquirir o conhecimento
exato do mundo. A exatidão que as pessoas esperam das ciências naturais
vem, em grande parte, da experimentação. Algumas ciências, como a
Astronomia, tendem a se preocupar mais com a observação do que com a
experimentação enquanto tal. Mas todas dependem de leis físicas que
foram, em certa medida e até certo ponto, testadas (1). CIÊNCIA NATURAL E CIÊNCIA ESPÍRITA: o
conhecimento nas Ciências Naturais segue as seguintes fases: 1) formulação de
Hipóteses, fundamentadas na observação e experiência; 2) sobre as
Hipóteses estabelecem-se, dedutivamente, as conseqüências; 3) as
conseqüências serão aceitas como verdadeiras, se confirmadas pela
observação e experiência. Utiliza-se a percepção sensorial. O
conhecimento no Espiritismo segue as mesmas fases: 1) formulação de
Hipóteses fundamentadas na observação e experiência mediúnicas; 2) sobre
as Hipóteses estabelecem-se, dedutivamente, as conseqüências; 3) as
conseqüências serão aceitas como verdadeiras, se confirmadas pela
observação e experiência mediúnicas. Utiliza-se da percepção
mediúnica. O procedimento é idêntico. A diferença consiste na
natureza das percepções consideradas (2). CARÁTER DA REVELAÇÃO ESPÍRITA: o caráter
essencial da revelação divina é o de eterna verdade. Toda revelação
eivada de erros ou sujeita a modificação não pode emanar de Deus. Por
sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa ao mesmo
tempo da revelação divina e da revelação científica. A origem da
revelação espírita é divina e da iniciativa dos Espíritos, sendo sua
elaboração fruto do trabalho do homem, que procede exatamente da mesma
forma que as ciências positivas, aplicando o método experimental (3). EXPERIMENTAÇÕES ESPÍRITAS: William Crookers
falecido em 1910 inicia a era científica do Espiritismo com suas
célebres experiências realizadas de 1870 a 1874, com os médiuns D.Home,
Kate Fox e Florence Cook, tendo obtido materialização completa e
integral de Katie King. Estudou durante três anos consecutivos,
empregando método rigorosamente científico, inventando e adaptando
variados aparelhos registradores. Além de Crookers, Flammarion, Richet,
Lombroso, Oliver Lodge, W.Barret e F. Myers são outros nomes ligados à
experimentação espírita (4). CIÊNCIA ESPÍRITA HOJE: as pesquisas científicas
na atualidade estão voltadas para a telepatia, a cromoterapia, a
medicina alternativa, os efeitos Kirlian, a transcomunicação
instrumental. Cabe-nos acompanhar esses estudos tirando as conseqüências
que são válidas dentro dos princípios da Doutrina Espírita. PERGUNTAS: 1 - O que se entende por Ciência? 2 - Como se processa a obtenção do conhecimento
científico? 3 - Qual o caráter da revelação espírita? 4 - Como você vê a Ciência Espírita na atualidade? BIBLIOGRAFIA: (1) Gazeta Mercantil, jan. de 93. (2) Curti, R. Espiritismo e Reforma Intima, cap. I. (3) Kardec, A. A Gênese, cap. I. (4) Freire, A.J. Ciência e Espiritismo. CONCEITO DE RELIGIÃO: Religião é a crença na
existência de uma força superior considerada como criadora do Universo.
O termo vem do latim "religio" que parece derivar de "re +
ligare". Com o prefixo iterativo "re" significaria um
sentimento de vinculação, de obrigação para com o Ser Supremo. RELIGIÃO E RELIGIÕES: a humanidade ao longo do
tempo expressou sua adoração ao Criador Supremo de várias formas,
criando as várias seitas, o dogmatismo e os rituais. Faz-se preciso, na
época atual, estabelecer a diferença entre religião e religiões. A
religião é o sentimento divino que prende o homem ao Criador. As
religiões são organizações dos homens, falíveis e imperfeitas como eles
próprios; muitas delas, porém, estão desviadas do bom caminho pelo
interesse criminoso e pela ambição lamentável dos seus expositores (1). A REVELAÇÃO: todas as religiões tiveram os seus
reveladores, pois a revelação é a forma pela qual o homem recebe as
verdades religiosas. Embora estivessem longe de conhecer toda a verdade,
tinham uma razão de ser providencial, porque eram apropriadas ao tempo e
ao meio em que viviam. Infelizmente, as religiões hão sido sempre
instrumentos de dominação (2). Para o Espiritismo, considerado a
terceira revelação, houve, naturalmente duas anteriores, ou seja: a de
Moisés e a de Jesus. O ESPIRITISMO: o que é o Espiritismo? Diz Kardec
no livro O que é o Espiritismo - o Espiritismo é, ao mesmo tempo,
uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência
prática ele consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os
Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que
dimanam dessas mesmas relações. " Se não atentarmos para o espírito da
letra, fica-se com a impressão de que o Espiritismo não é Religião. Tal
impressão é falsa como se demonstra a seguir (3). RELIGIÃO NA CODIFICAÇÃO: "O Livro dos Espíritos"
- Trata-se de um trabalho de "revelação", o que é fundamentalmente uma
Religião, pois não há Religião sem "revelação", sem profetismo. "O Livro
dos Médiuns" - Estudo aprofundado da mediunidade, e portanto, de
revelação, o que implica no aspecto religioso; "O Evangelho Segundo o
Espiritismo" e o "Céu e Inferno" tratam ainda do problema religioso. O
único livro propriamente dito científico é "A Gênese" - mas ainda
voltado para uma explicação científica dos fatos religiosos, tais como
milagres e as curas (3). O ESPIRITISMO COMO RELIGIÃO: é o Espiritismo uma
religião? Em Obras Póstumas, à página 247 Kardec diz: "O
Espiritismo é uma doutrina filosófica que tem conseqüências
religiosas como toda a filosofia espiritualista, pelo que toca
forçosamente nas bases fundamentais de todas as religiões: Deus, alma e
vida futura. Não é ele, porém, uma religião constituída, visto que não
tem culto, nem rito, nem templo, e entre os seus adeptos nenhum tomou
nem recebeu o título de sacerdote ou "papa"" (3). PERGUNTAS: 1 - O que é a religião? 2 - Comente: Religião e Religiões. 3 - Como a revelação é vista do ângulo Espírita? 4 - É o Espiritismo uma religião? Explique. BIBLIOGRAFIA: (1) Xavier, F.C. Emmanuel, cap. IV. (2) Kardec, A. A Gênese, cap. I. (3) Barros, L. M. Contribuição para o Esclarecimento
do Tema: O Espiritismo como Religião. BARROS, L.M., Contribuição para o Esclarecimento
do Tema: O Espiritismo como Religião. São Paulo, FEESP, 1953. BAZARIAN, J. O Problema da Verdade. São Paulo, Círculo do
Livro, s/d/p. CARVALHO, C. Organização de Centros Espíritas -
Doutrinário, Jurídico e Contábil. São Paulo, Lake/Sanatório, 1978.
CEI. Apostila para o Curso de Entrevistador
Espírita. ____. Apostila para o Curso de Expositor
Espírita. ____. Apostila para o Curso de Dirigente de
Sessão. ____. Regimento Interno do Departamento de
Assistência Espiritual. COTRIM, G. Fundamentos da Filosofia para uma Geração Consciente.
Elementos da História do Pensamento Ocidental. 5. ed., São Paulo,
Saraiva, 1990. CURTI, R. Espiritismo e Reforma Intima. 3.
ed., São Paulo, FEESP, 1981. ____. O Passe (Imposição de Mãos). São
Paulo, LAKE, 1985. FEESP. Manual RODSE. FREIRE, A. J. Ciência e Espiritismo: da
sabedoria antiga à época contemporânea. 3. ed., Rio de Janeiro, FEB,
1982. GARCIA, W. O Centro Espírita: Fundação,
Organização e Administração. 2 ed., São Bernardo do Campo, SP,
Correio Fraterno do ABC, 1990. GARRET, A. M. A Entrevista, seus Princípios e
Métodos. Rio de Janeiro, Agir Editora, 1967. KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o
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XAVIER, F.C. Emmanuel: Dissertações Mediúnicas
sobre Importantes Questões que Preocupam a Humanidade. 9. ed., Rio
de Janeiro, FEB, 1981. São Paulo, abril de 1998
Cronograma Curricular
Centro Espírita
Recepcionista
Entrevistador Espírita
Médium "Passista"
Passes Padronizados (FEESP)
Instrutor Espírita
Dirigente de Sessão
Doutrinador Espírita
Transcomunicação Instrumental
Filosofia Espírita
Ciência Espírita
Religião Espírita
Bibliografia Consultada
A P R E S E N T A Ç
à O
CRONOGRAMA CURRICULAR
CENTRO ESPÍRITA
RECEPCIONISTA
ENTREVISTADOR ESPÍRITA
MÉDIUM "PASSISTA"
PASSES PADRONIZADOS
(FEESP)
INSTRUTOR ESPÍRITA
O DIRIGENTE DE SESSÃO
O DOUTRINADOR ESPÍRITA
TRANSCOMUNICAÇÃO INSTRUMENTAL
FILOSOFIA ESPÍRITA
CIÊNCIA ESPÍRITA
RELIGIÃO ESPÍRITA
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA