Tales Henrique da Silva Waisberg
"E lá estava o expositor, em uma noite de 2.a feira, em Casa
Espírita conhecida na região, falando sobre reencarnação e evolução, discorrendo
sobre a natureza espiritual do homem, a imortalidade da alma e o sentido da vida
dentro do corpo físico. O trabalhador da palavra falada, com o uso da lógica e
respaldado pelos ensinamentos da Doutrina Espírita, explicava aos presentes a
necessidade de iniciar a reforma íntima o quanto antes, mas que o aprimoramento
total do Espírito é obra de muitos milênios e encarnações sucessivas, para a
exteriorização plena dos valores divinos ainda adormecidos. Entretanto, muitos
dos que o ouviam, lamentavelmente, não pareciam atraídos pelos esclarecimentos
obtidos, justamente por passarem a saber que a perfeição espiritual e a
iluminação interior não viriam no dia seguinte, de forma alguma na atual
encarnação, mas apenas após um tempo tão grande, que não seria possível
dimensionar." A passagem acima, embora fictícia, reflete uma situação que
pode ser verificada em qualquer Centro Espírita. Pessoas sedentas por
explicações e consolo, atrás de respostas para os dramas ou desafios
enfrentados, são apresentadas à realidade espiritual da vida, à sua condição de
espíritos reencarnados, ao Eu Divino que existe em cada ser, e aos objetivos
superiores da vida na matéria. Mas, ao compreenderem que o esforço de renovação
interior e aperfeiçoamento moral consome inúmeras encarnações, que a
manifestação integral da "imagem e semelhança de Deus" é resultado de
longuíssimo prazo ("longuíssimo", aqui, é a palavra usada na falta de outra
melhor para exprimir tal idéia), muitos diminuem o interesse e o entusiasmo,
como se o esforço no hoje nada representasse para a meta suprema à qual estamos
todos destinados. Como em outras áreas e atividades nas quais nos envolvemos, a
influência do imediatismo sobre as questões de ordem espiritual ainda é
marcante, determinada, em parte, pela rapidez com que obtemos ou realizamos
coisas relacionadas aos aspectos materiais da existência. A impaciência é traço
poderoso nos desejos da maioria, que procura o atendimento cada vez mais rápido
de suas necessidades, que incluem também as emocionais, psíquicas e espirituais.
Parcela expressiva dos que procuram a assistência espiritual desconsidera que a
solução dos problemas do hoje é apenas parte inicial de um contexto muito mais
amplo de transformação e desenvolvimento, que compreende - mas se estende bem
além - da encarnação atual. Sem essa conscientização, espera-se que problemas
simplesmente sejam solucionados - não importa como ou por quem - e no menor
tempo possível. A mentalidade do curto prazo está presente em quase todos os
campos de ação humana. Na política, por exemplo, candidatos, em tempos de
eleição, esmeram-se em divulgar propostas de campanha concentradas apenas no
endereçamento de questões pontuais ou que produzem resultados rápidos, com total
desprezo por mudanças estruturais e de longo prazo, que seriam pouco
compreendidas e consideradas pelos eleitores. É comum, em nessa época, ouvirmos
o famoso comentário: "Não se fala de tais e tais coisas, porque isso não rende
votos". Voltando à área da espiritualidade, poderíamos afirmar que muitos se
frustram ao entender que a ascensão espiritual não pode ser obtida da mesma forma
como se compra uma roupa ou um eletrodoméstico, ou se faz um negócio qualquer
com alguém. Lamenta-se, muitas vezes, a necessidade de passar anos estudando
para aprender um novo idioma, ou alguns meses para perder alguns quilos e entrar
em forma física. Se é assim para conquistas que dependem apenas de poucos meses
ou anos de dedicação, não surpreende o desânimo que se observa diante do
engajamento necessário para operar a renovação e redenção de si mesmo, do
Espírito, que virá apenas depois de milhares de anos e um número indeterminado
de experiências na carne (nesta ou em outras "moradas do Pai", como afirmou
Jesus), já que, como disseram os Espíritos que transmitiram a Kardec o conteúdo
da Codificação, "..o progresso é quase infinito".1 É impregnados pela vontade do "aqui, agora" que muitos chegam
ao Espiritismo, em função dos dramas ou tribulações dos quais -
compreensivelmente - desejam livrar-se o quanto antes. O despertar para a vida
espiritual, a compreensão das aflições atuais como decorrência de comportamentos
anteriores e das imperfeições da alma que devem ser superadas, e a conquista da
visão de Deus como Pai amoroso que concede tantas oportunidades de reerguimento
aos Seus filhos quantas sejam necessárias, empolgam e excitam em um primeiro
momento. Contudo, muitos vêem-se, passada a fase inicial de contato com a
Doutrina Espírita, tomados por certo marasmo, por entenderem que superar os
próprios limites evolutivos não ocorre de um dia para outro, e que não verão, na
vida atual, a colheita de muito do que semearem na presente jornada terrena.
Deixam, assim, de identificar o caráter sublime e misericordioso da proposta
divina, desestimulando-se ou transferindo suas aspirações incoerentes para
outras escolas de fé, nas quais pensam obter a tão aguardada "salvação",
despendendo um esforço substancialmente menor. Existe, naturalmente, uma dificuldade de nos enxergarmos como
Espíritos imortais e ajustarmos nosso modo de ser (pensar, sentir e agir) ao
contexto mais amplo em que estamos inseridos. Isso não deve causar espanto.
Mudar paradigmas e desfazer-se de crenças equivocadas pode ser tão complexo
quanto transcender qualquer vício moral ou simples hábito negativo que ainda
carregamos. Como, então, realizar essa "travessia mental", que se impõe a todos
os que são introduzidos às verdades tão bem expostas e explicadas pelo
Espiritismo em seu tríplice aspecto? É preciso fazer algo para tornar a
perspectiva da imortalidade mais interessante, ou está faltando perceber o quão
grandiosa, consoladora e positiva é essa realidade que antes desconhecíamos? Corroborando a segunda opção, como resposta evidente à
questão acima, relembremos a imortal frase de Allan Kardec, inscrita no túmulo
onde foi enterrado o corpo utilizado pelo grande apóstolo do Cristo em sua
missão de Codificador: " Nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir
sempre: esta é a Lei"2. Para reforçar o apelo e o valor da
imortalidade, a ser ainda totalmente compreendido e sentido por nós, citemos
também Emmanuel, que, na obra "Roteiro", expressa-se, com perfeição, sobre a
caminhada evolutiva do espírito e o papel da Doutrina Espírita na transformação
da nossa forma de enxergar a vida e a nós mesmos, nas seguintes passagens: "De corpo em corpo, como quem se utiliza de variadas
vestiduras, peregrina o Espírito de existência em existência, buscando
aquisições novas para o tesouro de amor e sabedoria que lhe constituirá divina
garantia no campo da eternidade."3 "O Espiritismo, naturalmente, amplia os horizontes do ser. A
visão mais segura do Universo e a mais alta concepção da justiça dilatam na
mente a sede de libertação, para mais altos vôos do espírito, e a compreensão
mais clara, aliando-se à mais viva noção de responsabilidade, estabelece
sublimes sentimentos para a alma, renovando os centros de interesse para o campo
íntimo, que se vê, de imediato, atraído para problemas que transcendem a
experiência vulgar."4 No primeiro comentário, Emmanuel enfatiza a possibilidade de
progressivamente nos elevarmos em amor e sabedoria, atingindo, no futuro,
estágios de evolução nos campos do sentimento e do conhecimento que, no patamar
em que nos encontramos, sequer conseguiríamos definir. Se nossas manifestações
ainda bastante imperfeitas de amor e as diminutas conquistas na área do saber já
nos estimulam e preenchem, muito mais nos estará reservado se persistirmos no
esforço diário de crescimento moral e intelectual. No segundo trecho, o
benfeitor espiritual fala em ampliação de horizontes, um entendimento maior de
como a justiça divina trabalha e na conscientização da responsabilidade e
amplitude inerentes aos nossos atos, como estímulos insusbstituíveis para a
sublimação de sentimentos e mudança de foco na direção de tudo que se refere à
educação do Espírito que somos, em nosso campo íntimo. Permanecendo com Emmanuel, destacamos trecho do livro
"Emmanuel", em que o autor espiritual frisa que a idéia de imortalidade sempre
esteve presente nos homens, e acentua: "Acima do poder temporal dos governantes
e da moral duvidosa dos pregadores das religiões, ela [a idéia da imortalidade]
continuamente prosseguirá dulcificando os corações e exaltando as esperanças,
porque significa em si mesma o luminoso patrimônio da alma encarnada, como
recordação perene da sua vida no Além,..."5. Mas, para que a
travessia mental citada alguns parágrafos acima se efetive, e o Espírito
apreenda o significado grandioso da imortalidade e ajuste seu comportamento a
essa nova mentalidade, é necessário o "toque da alma", para conseguirmos o que
Kardec qualificou de maturidade do senso moral, no capítulo 17 de O Evangelho
Segundo o Espiritismo: "...Provém isso de que a parte por assim dizer material da
ciência somente requer olhos que observem, enquanto a parte essencial exige um
certo grau de sensibilidade, a que se pode chamar maturidade do senso moral,
maturidade que independe da idade e do grau de instrução, porque é peculiar ao
desenvolvimento, em sentido especial, do Espírito encamado. Nalguns, ainda
muito tenazes são os laços da matéria para permitirem que o Espírito se
desprenda das coisas da Terra; a névoa que os envolve tira-lhes a visão do
infinito, donde resulta não romperem facilmente com os seus pendores nem com
seus hábitos, não percebendo haja qualquer coisa melhor do que aquilo de
que são dotados. (...) Aquele que pode ser, com razão, qualificado de espírita
verdadeiro e sincero, se acha em grau superior de adiantamento moral. O
Espírito, que nele domina de modo mais completo a matéria, dá-lhe uma percepção
mais clara do futuro; os princípios da Doutrina lhe fazem vibrar fibras
que nos outros se conservam inertes. Em suma: é tocado no coração, pelo que
inabalável se lhe torna a fé..."6 Importa ressaltar que a maturidade do senso moral e o sentido
de imortalidade não são atributos apenas de espíritos puros. O Mestre de Lyon,
logo após o trecho inserida acima, nos dá a conhecida definição do que se pode
chamar de um verdadeiro espírita, ao afirmar: " Reconhece-se o verdadeiro
espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar
suas inclinações más. Enquanto um se contenta com o seu horizonte limitado,
outro, que apreende alguma coisa de melhor, se esforça por desligar-se dele e
sempre o consegue, se tem firme a vontade."7 Permitir que a luz da imortalidade nos penetre,
interiorizando-a, fazendo que lentamente renove idéias, aspirações, sentimentos
e posturas, é algo acessível a todos. Emmanuel faz referência a esse estado mais
profundo de compreensão na resposta à pergunta 220, no livro "O Consolador", em
que ensina: "...O que crê, apenas admite; mas o que se ilumina vibra e sente..."8
Um dos fatores que impõem obstáculos à compreensão do
processo evolutivo, em sua complexidade, é o fato de descobrirmos que, ao longo
das reencarnações, a individualidade espiritual que somos, assume distintas
personalidades, e que os potenciais divinos são gradativamente desenvolvidos em
trajetórias dentro de diferentes corpos físicos. Sendo assim, não somos os "Alexandres",
"Paulos", "Fernandas", "Renatas", mas estamos nesses "papéis", desempenhando, em
cada um deles, "sub-papéis" de filhos, esposos, pais, avós, etc. Entretanto, por
trás de cada papel assumido, ou seja, de cada renascimento no mundo, está o
Espírito, que leva, para o papel seguinte, todo o patrimônio positivo ou
negativo que construiu antes. O aluno do ensino fundamental toma conhecimento das etapas
posteriores que o aguardam, até a conclusão da sua formação acadêmica e
profissional, e entende a relevância do que está aprendendo hoje para o
conhecimento que irá absorver amanhã. De modo semelhante, o Espírito deve
enxergar, nos passos aparentemente pequenos que dá na encarnação atual, em toda
e qualquer aquisição interior proporcionada pelo auto-conhecimento e pelo
aprimoramento da personalidade, o atendimento dos pré-requisitos para grandiosas
realizações futuras e uma integração maior com os planos superiores da vida.
Joana de Angelis, na obra "O Despertar do Espírito", fala sobre os resultados
positivos que podem ser experimentados depois do despertar para a verdade, e da
importância de cada progresso feito pelo Espírito: "A busca do Self, de alguma
forma, redundará no encontro com a verdade, com a Vida no seu sentido mais
profundo, com a iluminação, a libertação de todos os atavismos e complexidades
perturbadoras. (...) Passo contínuo, o enfrentamento com a esperança da vitória,
porquanto cada conquista faculta compreender que a próxima será mais fácil e
arrojada, o que se torna realidade, apenas com a perseverança. O valor moral
cresce de acordo com os esforços envidados nas etapas anteriores, fortalecendo a
capacidade de luta que se encontrava submersa no oceano da acomodação física e
mental. A grande meta apresenta-se, então, factível de ser alcançada, e, à
medida que vai sendo conseguida, mais fascinante se torna, facultando ampliação
de conteúdos e objetivos, que então superam os limites do imediato para atingir
a transcendência do ser existencial"9. No comentário da resposta da questão 171 de O Livro dos
Espíritos, sobre os fundamentos do princípio da reencarnação, Kardec afirma: "O
homem, que tem consciência da sua inferioridade, haure consoladora esperança na
doutrina da reencarnação. Se crê na justiça de Deus, não pode contar que venha a
achar-se, para sempre, em pé de igualdade com os que mais fizeram do que ele.
Sustém-no, porém, e lhe reanima a coragem a idéia de que aquela inferioridade
não o deserda eternamente do supremo bem e que, mediante novos esforços, dado
lhe será conquistá-lo..." 10. O apelo da imortalidade
encontra-se na alegria de percebermos que, senhores do próprio destino, devemos
colocar, na existência atual, o máximo possível de tijolos que irão redundar, um
dia, na edificação integral do Reino Divino em nosso íntimo. E desfrutar da
satisfação de ver essa construção evoluir, mesmo que a sua conclusão perca-se na
imensidão dos tempos que nos aguardam. Inserir-se no contexto de imortalidade possibilita eliminar
duas ilusões que impactam negativamente a conduta humana: a primeira, de que
cabe ao Criador ou a Jesus nos promover automaticamente ao "Reino dos Céus" sem
que façamos nada ou façamos muito pouco para merecer a iluminação interior e a
subida aos planos mais elevados do espírito. A segunda, de que conseguiremos, em
uma única existência, nos desfazer de todas as limitações evolutivas que
possuímos, e desenvolver todos os potenciais do espírito. O orgulho nos impede
de reconhecer o fato de que, provavelmente, não deixaremos o corpo, na presente
encarnação, totalmente libertos de culpas e medos, purificados de qualquer
sentimento de ódio ou mágoa, despojados de todas as manifestações primitivas ou
da animalidade que ainda nos caracteriza. Importa compreendermos, entretanto,
que todo avanço realizado na superação de imperfeições, no desenvolvimento do
amor que leva a fazermos pelos outros o que gostaríamos que os outros nos
fizessem, na ampliação dos sentimentos nobres da paciência, compreensão dos
erros alheios e do perdão, no conhecimento e aceitação de nossas fragilidades,
na incorporação de uma postura construtiva perante nós mesmos e o mundo - dentre
outros pontos – é elemento decisivo na avaliação do sucesso de uma etapa
reencarnatória, e componente fundamental para o crescimento em encarnações
posteriores. Inserir-se no contexto de imortalidade, assim, nos leva a
valorizar, cada vez mais, os recursos que a reencarnação oferece para a
reestruturação dos nossos destinos. Poderemos, então, nos elevar acima da visão
limitada da matéria, convertendo o homem físico em homem espiritual, e atender
ao desafio das aquisições que temos a fazer, para impulsionar a transformação
que é a grande "fatalidade" a que estamos sujeitos. No "final do dia" (valendo-me do sentido de uma expressão
muito utilizada na língua inglesa, semelhante ao "no final das contas", da
língua portuguesa), tudo se resume à seguinte questão: até que ponto o conceito
de imortalidade e outros princípios fundamentais do Espíritismo já "entraram em
nós"? Se já compreendemos, até que ponto estamos respeitando - com os nossos
atos - a imortalidade que com tanta ênfase afirmamos existir, uma vez que esta
nos é tão bem comprovada pela Doutrina Espírita? Como fonte de inspiração para
todos os que fazem esse auto-questionamento, seguem algumas palavras deixadas
pelo instrutor espiritual Eusébio, no livro "No Mundo Maior", em oração feita no
início dessa brilhante obra, registrada e transmitida por André Luiz: "Senhor da Vida Abençoa-nos o propósito De penetrar o caminho da Luz Somos Teus filhos Ainda escravos de círculos restritos, Mas a sede do infinito Dilacera-nos os véus do ser. Herdeiros da imortalidade, Buscamos-Te as fontes eternas,, Esperando, confiantes, em Tua misericórdia. [...] Dilata-nos a percepção diante da vida, Abre-nos os olhos Enevoados pelo sono da ilusão Para que divisemos Tua glória sem-fim!... Desperta-nos docemente o ouvido, A fim de percebermos o cântico De Tua sublime eternidade. Abençoa as sementes de sabedoria Que os Teus mensageiros esparziram No campo de nossas almas; Fecunda-nos o solo interior, Para que os divinos germens não pereçam..." 11 Bibliografia: (1) KARDEC, A. O Livro dos Espíritos, 91. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2007, Questão 169, pág. 143. (2) Frase inscrita no túmulo de Kardec. (3) XAVIER, Francisco Cândido. Roteiro, pelo Espírito
Emmanuel. 11. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004, págs. 39 e 40. (4) Idem, págs. 131 e 132. (5) XAVIER, Francisco Cândido. Emmanuel, pelo Espírito
Emmanuel. 23. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004, pág. 85. (6) KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 127.
ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007, págs. 310 e 311. (7) Idem, pág. 311. (8) XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador, pelo
Espírito Emmanuel. 18. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1997, pág. 132. (9) FRANCO, Divaldo Pereira. O Despertar do Espírito,
pelo Espírito Joana de Angelis. 6. ed. ____: Alvorada, 2000, págs. 46, 47 e 48. (10) KARDEC, A. O Livro dos Espíritos, 91. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2007, pág. 144. (11) XAVIER, Francisco Cândido. No Mundo Maior, pelo
Espírito André Luiz. 24. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005, págs. 20, 21 e 22. São Paulo, janeiro de 2009 e-mail:
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